Antes de sair correndo jogando biscoito no lixo e ir ao mercado para comprar mais frutas, respire fundo e se dê, pelo menos, uma semana para entender as escolhas alimentares que você faz atualmente. O padrão alimentar que adotamos é decorrente de uma grande variedade de fatores, ou seja, ele vai além do que gostamos ou do que queremos comer. Entre esses vários fatores estão se a refeição é feita acompanhado ou não (refeição de negócios, reunião da família ou de amigos), qual é a emoção dominante antes de comer (ansiedade, tristeza, alegria, frustração, euforia), qual é o horário em que faz a refeição (pula refeição, fica muito tempo sem se alimentar, come a cada 3 horas ou belisca o dia inteiro), qual é o nível de fome (sem fome, pouca ou muita fome), local em que as refeições são realizadas (em casa, escritório, restaurante). E, acredite, a maioria das refeições são feitas baseadas em escolhas alimentares inconsciente, ou seja, sem pensar qual razão está levando a escolher determinados alimentos. Mas, pare para pensar em somente um dos fatores citados acima: você come mais doces ou descontroladamente quando está triste ou ansioso? ;) Imagina o impacto na alimentação somando de todos os fatores citados acima.
Ter a consciência de como se alimenta irá fazer você agir na causa, sabendo qual atitude tomar em cada ocasião ou situação.
Por isso, faça o seu diário alimentar. Não importa se for online ou em um caderno. E, anote as seguintes informações:
- Data
- Dia de semana (domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado ou domingo)
- Refeição (café da manhã, almoço, jantar, lanche, beliscou)
- Horário: se beliscou muito e não consegue colocar um horário, coloque o período (tarde, manhã ou noite)
- Nível da fome (sem fome, pouca, muita fome)
- Onde fez a refeição? (casa, casa de amigos, casa dos pais, restaurante, padaria, café, empresa).
- Com quem estava?
- O que sentia antes de comer? Descreva a sua emoção: por exemplo, alegria, euforia, tristeza, frustação, realização, felicidade, raiva ou culpa. Use somente um sentimento.
- O que sentiu depois? Descreva a sua emoção: por exemplo, alegria, euforia, tristeza, frustação, realização, felicidade, raiva ou culpa. Use somente um sentimento.
- Descreva os alimentos inserindo o maior número de detalhes possível:
- alimento
- tipo de preparo (frito, assado, à milanesa, à parmeggina, empanado, grelhado, ao vapor, cozido)
- quantidade do alimento. Evite o termo “porção”, mas insira uma medida caseira. Por exemplo: ao invés de colocar 1 porção de arroz, descreva 3 colheres (sopa) de arroz se essa foi a quantidade consumida, claro!
- Marca (se for um produto industrializado)
Parece que dá trabalho, mas dá mesmo! ;) Todos sabemos da complexidade que é o ato de se alimentar! Mas, os benefícios em descrever toda a alimentação são muitos. Com esse diário, você identificará:
- Horários em que sente mais fome e o que pode ser feito para que isso não aconteça;
- Quem são as pessoas que te motivam a ter uma boa alimentação e quem são os seus sabotadores;
- As emoções que influenciam a comer excessivamente e que você deve ficar atento;
- Qualidade dos alimentos que consome;
- Quais refeições têm alimentos mais saudáveis;
- Como as relações pessoais interferem na sua alimentação;
- Como uma refeição pode impactar na sua autoconfiança.
Pense
– Apesar de precisar de um tempo para fazer esse diário alimentar, os benefícios dele são imensos. Se permita a fazê-lo, pelo menos, por uma semana. Crie o hábito de, periodicamente, fazê-lo, mesmo durante e após chegar ao seu objetivo. Ter consciência das suas escolhas é fundamental para fazer a mudança. Só mudamos o que sabemos.